Simpósio continua até sexta, com feira de animais e debates sobre a caprinovinocultura
Da culinária francesa à gastronomia regional, os pratos à base de caprinos e ovinos mostram que são versáteis a ponto de atender até os paladares mais exigentes. Uma mostra dessas iguarias foi destaque do 2º Festival Gastronômico da Caprinovinocultura, ontem à noite, dentro da programação do 4º Simpósio Internacional de Caprinos e Ovinos, que acontece até amanhã, 20, no Hotel Tambaú, em João Pessoa.
Doze restaurantes da capital apresentaram para um público seleto, formado pelos participantes do Simpósio, empresários, representantes de instituições e governos, além de estudantes e da imprensa, uma diversidade de opções de pratos que passam a integrar seus cardápios. A lasanha com carne moída de cabrito, mandioca, leite e queijo de cabra foi uma das novidades de um restaurante regional que batiza os pratos com nomes de cidades da região do Cariri.
“A carne, leite e queijo de cabra já são presentes em vários de nossos pratos, como o Bode Boa Vista, que é um cabrito ao molho de alecrim, flambado na cachaça com queijo de coalho”, explica a proprietária da Vila Cariri, Vita Souza. Já o restaurante francês Boulange Bistrô, aposta na sofisticação. “Para variar nosso cardápio, fazemos uma regionalização sem perder a essência da culinária francesa, apresentando uma comida mais contemporânea”, esclarece a gerente Mirya Loreto, apresentando o prato “Gardênia”, um filé de cordeiro marinado e grelhado com fios de alho.
Dentro da programação, um desfile de moda com confecções e acessórios feitos de pele caprina e ovina também chamaram a atenção dos participantes do festival. Looks como vestidos, saias, coletes, além de colares, cintos e outros acessórios de produção paraibana e carioca. “Apesar de estarmos num país tropical de clima quente, as peças em couro têm grande saída porque são em pelica, bastante fina, e que se acomodam bem ao corpo”, justifica a empresária Patrícia Vieira, que há 12 anos investe em confecções à base de couro caprino e ovino e exporta para 25 países.
“O mais importante nessa iniciativa é não só estimular o consumo, mas apresentar toda a cadeia produtiva da caprinovinocultura e o potencial que esta atividade possui na geração de renda e desenvolvimento”, contextualiza Luiz Alberto Amorim, diretor do Sebrae e gestor do projeto Aprisco Nordeste, que apóia diversas ações no setor.
Programação – Nesta quinta-feira, 19, a programação do Simpósio continua com a abertura do 2º Fórum Nacional da Caprinocultura Leiteira, que debate os cenários da produção de leite no semi-árido e experiências internacionais até sexta, dia 20.
A Feira de Animais e produtos derivados acontece na área verde, lateral ao Hotel Tambaú, e também prossegue aberta aos visitantes todos os dias até às 22h.
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